terça-feira, 11 de setembro de 2018

MOMENTO EM FOCO: "OS BASTIDORES DA POLÍTICA E DO MUNDO!"

PALOCCI RELATA PROPINA A EX-PRESIDENTES DE FUNDOS DE PENSÃO

Por Claudio Dantas

Em seu depoimento à força-tarefa da Greenfield, já na condição de delator, Antonio Palocci contou sobre vantagens ilícitas recebidas pelos presidentes dos fundos de pensão.
Ele cita Ricardo Flores e Sérgio Rosa, da Previ; além de Wagner Pinheiro (Petros) e Guilherme Lacerda (Funcef).
“Ricardo Flores aceitava propina (…) ganhou um apartamento em Recife e outro em Miami”, disse Palocci.
Segundo o ex-ministro, que fez a compra foi o publicitário André Gustavo, da Arcos Comunicação, preso com Aldemir Bendine no esquema envolvendo a Odebrecht.
“A empresa OAS pagou ele por outro empreendimento na Previ. Era costumeiro receber vantagens pelo Ricardo Flores.”
Palocci também diz que Wagner Pinheiro recebia propina “através do (Luiz) Gushiken” e que Guilherme Lacerda “pedia vantagens para empresas ligadas ao FIP Sondas e outras”.
Ainda segundo Palocci, Sérgio Rosa, que antecedeu Flores na Previ, abriu uma consultoria e recebeu recursos de diversas empresas do pré-sal, mas não soube dizer que se haveria relação.

EM DELAÇÃO, PALOCCI DIZ QUE 'SETE BRASIL' BANCARIA 4 OU 5 CAMPANHAS DO PT

Por Claudio Dantas

No depoimento prestado à força-tarefa da Operação Greenfield, já na condição de delator, Antônio Palocci relata a reunião em que Lula disse “explicitamente que queria” que o esquema das sondas do pré-sal “pagasse a candidatura de Dilma”, em 2010.
A reunião ocorreu à noite na biblioteca do Palácio do Planalto, entre o fim de 2009 e o começo de 2010.
“Foi uma reunião curta e que os demais presentes ficaram perplexos com a conduta do presidente Lula; que disse explicitamente que queria que a Sondas (sic) pagasse a candidatura de Dilma.”
O ex-ministro se refere ao FIP Sondas, criado com aportes dos fundos de pensão para financiar a construção de navios-sonda para exploração do pré-sal, sob administração da Sete Brasil.
Ainda segundo Palocci, “Dilma se encontrou com os presidentes dos fundos para forçar o investimento”. Ele comenta que Lula e Dilma “não eram muito cuidadosos” e que ignoraram os riscos.
“Os contratos da Sete Brasil gerariam 25 bilhões. Que o montante representaria o financiamento de 4 ou 5 campanhas para presidente.”

EM DELAÇÃO, PALOCCI RELATA "REUNIÃO NOITE ADENTRO" ENTRE LULA E SARKOZY

Por Claudio Dantas

O Antagonista teve acesso ao depoimento prestado por Antônio Palocci no mês passado, em Brasília, no âmbito da Operação Greenfield.
Palocci revelou que Lula e o francês Nicolas Sarkozy tiveram “uma reunião noite adentro” para discutir propina na compra dos caças. Segundo o ex-ministro, Lula e o PT foram beneficiados pelas “vantagens indevidas”.
No despacho em que marcou novas oitivas de Antônio Palocci e Nelson Jobim, o juiz Vallisney de Oliveira destacou esse trecho e apontou “contradição” com depoimento prestado anteriormente por Jobim, então ministro da Defesa.

PALLOCI DIZ QUE LULA PEDIU PROPINA EM FUNDOS, PRÉ-SAL, BELO MONTE E CAÇAS

O ex-ministro Antônio Palocci prestou novo depoimento no âmbito das investigações da Operação Greenfield. Ele reiterou que Lula atuou diretamente nos pedidos de propina e deu mais detalhes.
Segundo o Jornal Nacional, Palocci citou especificamente o interesse de Emílio Odebrecht na Previ, que investiu na Braskem.
No caso do pré-sal, o ex-ministro comentou que sua descoberta se tornou “motivo de delírio político no ambiente governamental”.
“É quando Lula começa a se descuidar da parte legal e passa a atuar diretamente no pedido de propina. O pré-sal é que marca essa mudança mais significativa.”
Em relação à compra dos caças, Palocci comenta que Lula e o francês Nicolas Sarkozy tiveram reuniões “noite adentro” e que chegaram a firmar um “protocolo, um contrato” para a compra dos caças Rafale – o que gerou um escândalo internacional.
“Isso gerou todo tipo de propina”, diz Palocci. Segundo o delator, “Lula também se envolveu na obra de Belo Monte”.

EM CARTA-TESTAMENTO, LARANJA APONTA BENS DO CORONEL LIMA

A Polícia Federal apreendeu na sede da Argeplan, empresa do coronel João Batista Lima, um envelope lacrado que continha a carta-testamento de José Aparecido da Silva, funcionário morto em 2014.
Aparecido era o representante da offshore Langley Trade Co., empresa que aparece em negócios no Porto de Santos e também numa transação imobiliária de R$ 2,2 milhões.
No testamento, que integra o relatório final da PF, Aparecido orienta a esposa a procurar Lima caso algo lhe acontecesse. E elenca bens que estariam em seu nome, mas que pertenceriam ao coronel – entre eles, uma moto e uma linha telefônica.
Segundo a Folha, o ex-funcionário menciona uma conta, identificada apenas pelas siglas ‘RO’, sobre a qual o coronel teria conhecimento. “Eu utilizei por conta dessa dívida R$ 36.390 da conta RO, que o dr. Lima sabe do que se trata”, escreveu.
Para a PF, “todos esses elementos, junto ao que já foi apresentado nos relatórios anteriores e as entrevistas realizadas com os demais empregados da Argeplan, (…) ratificam a hipótese de que José Aparecido da Silva era ‘laranja’ do coronel”. Informa O Antagonista.

PF PEDE MAIS 15 DIAS PARA CONCLUIR INQUÉRITO DOS PORTOS

A PF pediu ao STF a prorrogação, pela quarta vez, do inquérito que investiga se o Decreto dos Portos, editado por Michel Temer, tinha por objetivo beneficiar empresas que atuam no porto de Santos, informa o G1…
Desta vez, os investigadores querem mais 15 dias para concluir a apuração, para atender a um pedido da defesa do presidente, que solicitou novos depoimentos.
O pedido ainda será analisado por Luís Roberto Barroso, relator do caso no Supremo.

PARA PF, ÁUDIOS REFORÇAM QUE ODEBRECHT DEU DINHEIRO AO CORONEL LIMA

A PF avalia que áudios entregues por Álvaro Novis, um dos delatores da Lava Jato, reforçam a tese de que a Odebrecht entregou dinheiro a João Baptista Lima Filho como contrapartida a benefícios, registra o G1.
João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, é o amigo de Michel Temer que chegou a ser preso –e depois foi solto– durante as investigações do Decreto dos Portos.
Os áudios, em que Lima conversa com interlocutores não identificados, foram entregues no âmbito do inquérito que apura o suposto repasse de R$ 10 milhões da empreiteira para o MDB a pedido de Temer, quando ele era o vice de Dilma Rousseff.
A assessoria do presidente disse “repudiar com veemência as falsas acusações” e afirmou que as doações da Odebrecht foram por transferência bancária e declaradas ao TSE.

MORO ADIA INTERROGATÓRIO DE CUNHA

Por Claudio Dantas

Sergio Moro adiou para 3 de outubro o interrogatório de Eduardo Cunha que estava marcado para a próxima sexta-feira 14, na ação penal que apura pagamento de propina na compra de navios-sonda da Petrobras.
O adiamento se deve a questionamentos da defesa sobre a perícia do celular do ex-deputado.

LULA "BUSCA OBSCURECER A VONTADE DO ELEITOR", DIZ PARTIDO NOVO AO STF

O Partido Novo, um dos que contestaram a candidatura de Lula no TSE, pediu hoje o STF que rejeite os novos pedidos da defesa do petista, registra o G1.
A legenda sustenta que deve ser mantida a decisão do TSE que estabeleceu prazo até terça-feira (11) para a substituição da candidatura e argumenta que o petista “busca obscurecer a vontade do eleitor”, “levando às últimas consequências sua disposição para desafiar as ordens” da Justiça Eleitoral.
“Busca estender o tempo de exposição de candidatura que não apresenta viabilidade alguma, fazendo crer ao eleitor – justamente o menos informado – que é candidato”, diz o pedido do Novo.

VALLISNEY MARCA AUDIÊNCIAS DE PALOCCI E JOBIM EM AÇÃO SOBRE CAÇAS

Por Claudio Dantas

O juiz Vallisney de Oliveira retomou a instrução da ação penal que apura o pagamento de propina a Lula e a um de seus filhos na compra dos caças suecos Gripen NG.
Ele também determinou as oitivas de Antônio Palocci Filho e Nelson Jobim como testemunhas de defesa do ex-presidente.


JUIZ BLOQUEIA R$ 21 MILHÕES DE KASSAB

O juiz José Gomes Jardim Neto, da 9ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, abriu ação de improbidade contra Gilberto Kassab e determinou o bloqueio de R$ 21 milhões dele, informa Fausto Macedo.
O ex-prefeito de São Paulo, hoje ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, é investigado pelo suposto repasse desse valor pela Odebrecht, via caixa dois, entre 2008 e 2014.
A defesa de Kassab informou que vai recorrer ao TJ-SP.


CONTAGEM REGRESSIVA NA LAVA JATO

A seção de notas exclusivas da Crusoé é um capítulo à parte na história de sucesso da primeira revista inteiramente digital do Brasil.
Nesta semana, por exemplo, o leitor é informado de que a Lava Jato entrou em ritmo de contagem regressiva para detonar mais uma grande — e relevante — operação policial, para pegar mais gente graúda.
É, sem dúvida, uma das melhores seções de notas do jornalismo brasileiro.


PRESIDENTE DO STJ DEFENDE A PRISÃO EM SEGUNDO GRAU

João Otávio de Noronha, presidente do STJ, defendeu mais uma vez a prisão dos condenados em segundo grau.
Ele disse para o Estadão:
“O Supremo já definiu essa matéria. Não acredito que a Corte venha a revisar o seu entendimento. A jurisprudência está pacificada, não pode o Supremo mudar isso todo mês. Desde que o STF decidiu que a prisão poderia ser depois do segundo grau, o colegiado nunca voltou atrás. Ministros sim, mas o plenário jamais. Não vejo elementos novos que justifiquem a mudança.”
O jornal perguntou se a prisão de Lula não mudou isso.
Ele respondeu:
“A Justiça não pode julgar pensando neste ou naquele cidadão cujo caso se enquadra em determinada tese jurídica. Não se pode mudar a jurisprudência em razão dessa ou daquela pessoa.”


FUNDADOR DA PAGUE MENOS É PRESO POR CRIME CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO DE SUA OUTRA EMPRESA E FILHO ASSUME CONSELHO DA PAGUE MENOS!

Francisco Deusmar Queirós, fundador da rede de farmácias Pague Menos, se entregou ontem à Polícia Federal em Fortaleza, após o STJ negar um HC preventivo apresentado por sua defesa.
O empresário foi denunciado por crime contra o sistema financeiro nacional. Segundo a Procuradoria da República no Ceará, ele e ex-sócios teriam lucrado R$ 2,8 milhões com a compra ilegal de ações. Os fatos referem-se ao período em que Queirós esteve à frente da Renda Corretora de Valores, entre 2000 e 2006.
Em 2013, o empresário foi condenado em segunda instância a 9 anos e 2 meses de prisão
Os advogados do condenado dizem que “a defesa continua acreditando na Justiça e na sua absolvição”. A Pague Menos registrou que “o processo judicial ao qual o fundador da companhia responde não possui qualquer relação com a rede”. Sendo que devido a Pague Menos não está no âmbito da acusação, seu filho assumirá a Presidência do Conselho da Empresa.  Informa O Antagonista e o G1.

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