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sexta-feira, 10 de agosto de 2018

MOMENTO EM FOCO: "OS BASTIDORES DA POLÍTICA E DO MUNDO!"

LAVA JATO DENUNCIA MANTEGA E PALOCCI POR PROPINA DA ODEBRECHT

O MPF no Paraná denunciou Antonio Palocci e Guido Mantega por corrupção e lavagem de dinheiro.
Segundo a Promotoria, a Odebrecht ofereceu vantagens indevidas aos ex-ministros da Fazenda dos governos do PT, com o objetivo de influenciá-los na edição das MPs 470 e 472, que teriam beneficiado a empreiteira.
Sempre de acordo com a denúncia, a promessa de propina aceita por Mantega foi de R$ 50 milhões, e o valor ficou à disposição dele na “conta geral de propinas do PT” mantida pela Odebrecht.
O montante, prossegue o MPF, só era usado mediante a autorização de Mantega, sendo que uma parte (R$ 15 milhões) foi entregue a Mônica Moura e João Santana para ser usada na campanha de 2014. O casal de marqueteiros também foi denunciado, junto com Marcelo Odebrecht.
É a primeira denúncia contra Mantega feita pela força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. Palocci, por sua vez, está preso desde setembro de 2016. Informa O Antagonista.

MPF: MANTEGA NEGOCIOU R$ 173 MILHÕES EM PROPINA E USOU LEI DE REPATRIAÇÃO

Por Claudio Dantas

Na denúncia apresentada hoje contra Guido Mantega, o MPF em Curitiba acusa o ex-ministro de atuar “de forma expressiva na obtenção de valores espúrios em favor do Partido dos Trabalhadores”.
Mantega usou o cargo de ministro da Fazenda para negociar propina com a Odebrecht, num montante equivalente a R$ 173 milhões, dos quais pelo menos R$ 144 milhões foram efetivamente repassados.
No documento do MPF, obtido por O Antagonista, Mantega também é acusado de manter duas contas no exterior para guardar parte da propina.
O ex-ministro, assim como tantos outros corruptos, usou a Lei de Repatriação sancionada por Dilma Rousseff, para internalizar mais de R$ 1,6 milhão.
No formulário de justificativa para a regularização, Mantega informou que o valor era parte de um negócio imobiliário com Victor Sandri. Mas uma análise detalhada desmontou a versão, segundo os procuradores.
A “contabilidade criativa” de Mantega não cola mais.
DILMA, MANTEGA E A PROPINA QUE DESCE REDONDO

Por Claudio Dantas

Em outro trecho da denúncia contra Guido Mantega, obtida por O Antagonista, o MPF reproduz e-mails de Marcelo Odebrecht que mostram a atuação direta de Guido Mantega para viabilizar os interesses da empreiteira.
Numa mensagem de 2 de março de 2012, cujo assunto é ‘GM’, Marcelo diz a dois executivos do grupo que teriam claro apoio de cima. “Ele vai ver tb como nos ajuda a vir algo mais redondo embaixo. Vamos em frente!”
Em seguida, em outro e-mail, Marcelo diz que Mantega lhe perguntou sobre o “estádio SP”, em referência à Arena Corinthians, erguida pela Odebrecht.
“Disse que estava travado no BB. Ele queria chamar Dida na hora”, escreveu, em referência a Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras – que está preso em Curitiba.
Como se sabe, o dinheiro para o estádio acabou saindo da Caixa, por ordem de Dilma Rousseff. Aliás, é inexplicável que Mantega e Dilma ainda estejam soltos.

LAVA JATO RASTREIA 307 ENCONTROS DE MANTEGA COM MARCELO ODEBRECHT PARA APROVAÇÃO DE MPS

Por Claudio Dantas

Na denúncia contra Guido Mantega, o MPF anexa relatório com a identificação de 307 possíveis encontros de Marcelo Odebrecht com o então ministro da Fazenda de Dilma Rousseff, entre os anos de 2011 e 2015.
A partir do cruzamento das ERBs (antenas de celular) utilizadas por Marcelo e Mantega, a Lava Jato verificou que ambos estiveram nos mesmos lugares ao mesmo tempo.
“A elevada quantidade de encontros destoa completamente de uma relação sadia e proba entre um ministro da Fazenda e um alto executivo de um grupo empresarial”, escrevem os procuradores.
A força-tarefa também identificou 118 ligações telefônicas do celular de Marcelo Odebrecht para assessores de Guido Mantega, e mais 129 chamadas entre as secretárias de ambos. Segundo o MPF, o objetivo dos contatos era viabilizar a aprovação das MPs 470 e 472, de interesse da Odebecht.
CABO DACIOLO É INVESTIGADO POR SUSPEITA DE DESVIO DE VERBA

Cabo Daciolo, a “sensação” do debate de ontem na Band, está sendo investigado pela PF por suposto desvio de verba pública, informa O Globo.
O presidenciável do Patriota, que se elegeu pelo PSOL em 2014 e depois foi expulso do partido, teria pago, segundo o Ministério Público, R$ 227,5 mil da cota para exercício da atividade parlamentar a uma empresa ligada a conhecidos dele.
Ainda em andamento, as investigações do MP apontam para a suspeita de que os serviços de informática para os quais a empresa foi contratada não tenham sido prestados.
Em respostas à Promotoria, Daciolo negou irregularidades e atribuiu as acusações a “opositores políticos”.

CAIXA DOIS EM CAMPANHA 'DIFICILMENTE ACABOU', DIZ FEIRA

Assim como sua mulher, a Xepa, João Santana, o Feira, depôs a Sergio Moro hoje e disse que o caixa dois em campanhas eleitorais “dificilmente acabou”, relata O Globo.
Santana, que alega ter sido “um dos poucos” ou talvez “o único marqueteiro punido”, acha que a prática persistirá por fazer parte da cultura política brasileira, mesmo com as investigações de combate à corrupção em andamento.
O marqueteiro num caso em que é acusado, com Mônica Moura, de ter recebido US$ 3 milhões de despesas eleitorais do PT em contas secretas da Odebrecht no exterior, entre 2012 e 2013.
Feira admitiu ter recebido o dinheiro, alegando que se tratava de prática institucionalizada. Mas, assim como a mulher, disse “não imaginar” que os recursos vinham do esquema de corrupção estruturado na Petrobras.

MÔNICA MOURA DIZ DESCONHECER 'ESSA COISA DE PETROLÃO'

Mônica Moura, mulher e sócia de João Santana, depôs hoje a Sergio Moro e voltou a dizer que negociou diretamente com Dilma Rousseff os valores de caixa dois que seriam repassados para a campanha dela em 2014.
“Negociei com a Dilma. O valor foi todo negociado com ela, eu e ela. Pela primeira vez na vida eu negociei diretamente com a presidente”, disse Mônica, segundo o relato do UOL.
Depois disso, segundo a marqueteira, quem ficou responsável pela organização do pagamento foi Guido Mantega, que a orientou a procurar Hilberto Mascarenhas, o chefe do setor de propinas da Odebrecht.
Foi acordado com a empreiteira o valor de R$ 25 milhões em caixa dois para a campanha da petista. Mas Mônica disse ter recebido apenas R$ 10 milhões.
Ao final do depoimento, Xepa, a mulher de Feira, disse ter “quase certeza” de que havia acordos “que não eram exatamente os mais republicanos” entre a Odebrecht e os partidos.
Mas alegou nunca ter imaginado que houvesse lavagem de dinheiro envolvendo o patrimônio da Petrobras e “essa coisa toda de petrolão”.

AMÔEDO OBTÉM MAIS NOVOS SEGUIDORES QUE ALCKMIN E CIRO

Fora do debate de ontem da Band, João Amoêdo, do Partido Novo, atraiu 5.000 novos seguidores no Twitter enquanto seus rivais discutiam ao vivo, disse a assessoria do candidato ao site InfoMoney.
Com isso, o economista obteve mais seguidores novos do que Ciro Gomes e Geraldo Alckmin, embora o campeão nessa categoria tenha sido Jair Bolsonaro, que conseguiu mais de 10 mil.
A foto de Amoêdo amordaçado, publicada pelo candidato no Instagram, certamente ajudou.

ONG PEDE PARA QUE MOURÃO SEJA INVESTIGADO POR RACISMO

A ONG Educafro, noticia o Estadão, pediu ao Ministério Público do Rio Grande do Sul a abertura de investigação por crime de racismo contra o general Hamilton Mourão, candidato a vice na chapa de Jair Bolsoanro.
Em evento na última segunda-feira, Mourão disse que o Brasil herdou a cultura de privilégios dos ibéricos, a indolência dos indígenas e a malandragem dos africanos. Ele alegou ter sido mal interpretado.
A edição de Crusoé traz uma entrevista com o general da reserva.

O JANTAR DE GILMAR COM JACOB BARATA EM PORTUGAL

Na edição 15 de Crusoé, que foi ao ar hoje, Filipe Coutinho conta a história de um animado jantar em Portugal com as presenças de Gilmar Mendes e Jacob Barata Filho, o “rei dos ônibus” no Rio de Janeiro.
Barata foi preso pela Lava Jato e solto por Gilmar três vezes. Padrinho de casamento da filha do empresário, o ministro do STF alega que nunca foi próximo dele.
Clique AQUI para ler a reportagem completa em Crusoé.

MINISTRO FUX, É PRECISO RESPEITAR A ITÁLIA E AS FAMÍLIAS DAS VÍTIMAS DO TERRORISTA BATTISTI

Vinte e cinco milhões de brasileiros são descendentes de italianos. A Itália, democracia ocidental do clube das economias mais ricas do mundo, é um dos maiores parceiros comerciais do Brasil. Só a Enel, a gigante de energia italiana, vai investir aqui 3,9 bilhões de euros até 2019.
E como o Brasil trata a Itália? Com desprezo. Com desconfiança da sua Justiça. Como se fosse uma nação sem importância. Como se fosse um país inimigo.
Está-se falando de Cesare Battisti. O ministro Luiz Fux, relator da ação ora em curso no STF, engavetou a reclamação da defesa do terrorista há quase um ano. Apesar de a Advocacia Geral da União ter defendido o direito de Michel Temer revogar a decisão indecente de Lula, que rasgou o tratado de extradição com a Itália e deu abrigo ao assassino em 2010. Apesar de a Procuradoria Geral da República ter enviado parecer a favor do direito de Temer de expulsar o terrorista. Apesar da juíza Adverci Rates Mendes Abreu, da 20a Vara do Distrito Federal, também a pedido de Fux, ter reiterado que o criminoso deve ser deportado. Apesar de o ministro da Justiça, Torquato Jardim, ter afirmado que o bandido precisa ser mandado embora, depois de ter infringido as regras estabelecidas para a sua permanência, quando tentou fugir para a Bolívia. Apesar de o presidente da República já ter decidido extraditar o homicida para a Itália, onde foi condenado à prisão perpétua pela morte de quatro inocentes.
Roma não entende o que ocorre em Brasília. Ninguém entende, porque não há o que entender. Ministro Fux, é preciso respeitar a Itália. É preciso respeitar as famílias das vítimas do celerado. É preciso que o sicário finalmente pague pelos seus crimes.
Ministro Fux, tire da gaveta o caso do terrorista Battisti, para que o STF reafirme o direito de Temer despachá-lo para uma cadeia italiana. O Brasil não pode continuar a ser valhacouto de um facínora. Informa O Antagonista.

PGR QUER COMPARTILHAR DELAÇÕES PARA AÇÕES DE IMPROBIDADE CONTRA GLEISI, COLLOR E OUTROS

Raquel Dodge enviou ao STF hoje 20 manifestações sobre diferentes casos em que solicita o compartilhamento de informações com a primeira instância.
O objetivo é que a documentação instrua ações de improbidade administrativa contra políticos investigados na Lava Jato.
São depoimentos, termos de colaboração premiada e outras provas. Onze casos devem ir para Curitiba.
“A medida é necessária porque, como na esfera civil não há previsão de foro por prerrogativa de função, as ações por improbidade são processadas e julgadas pela 1ª instância”, explica a PGR.
Entre os casos em que, além da esfera criminal, pode haver responsabilização no âmbito civil, estão o Inquérito 4074, envolvendo o senador Ciro Nogueira (PP/PI), o ex-presidente da UTC Engenharia Ricardo Pessoa, além de outras pessoas.
Também foi apresentada manifestação com o mesmo propósito em relação à investigação contra o deputado federal Aníbal Gomes (DEM/CE), a senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR) e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, o senador Valdir Raupp (MDB/RO), o deputado federal Vander Loubet (PT/MS) e o senador Fernando Collor (PTC/AL). Informa O Antagonista.

PUCCINELLI DSISTE DE HC QUE SAIU DE TOFFOLI PARA ALEXANDRE DE MORAES

Por Claudio Dantas

O Antagonista alertou dias atrás que Dias Toffoli havia recebido um pedido de habeas corpus do ex-governador André Puccinelli, preso em nova fase da Operação Lama Asfáltica no Mato Grosso do Sul.
Logo depois, a Secretaria do STF disse que houve um erro de distribuição e o recurso foi para o gabinete de Alexandre de Moraes.
Puccinelli, que buscava sair da cadeia para concorrer às eleições de outubro, desistiu hoje do HC. O que houve, querido?

DONO DE CORRETORA É PRESO NO RIO DE JANEIRO

Em desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, a Polícia Federal prendeu na manhã de hoje o empresário João Paulo Julio de Pinho Lopes, responsável pela corretora Advalor.
Ele é suspeito de participar da lavagem de dinheiro de propina a agentes públicos.
Pinho Lopes foi apontado como responsável pelos crimes em delação premiada do ex-subsecretário de Transportes Luiz Carlos Velloso. Informa O Antagonista.

QUEM APROVA AUMENTO DO STF É O CONGRESSO, DIZ BARROSO

Um dos sete ministros do STF que votaram por se conceder aumento de 16,38% na proposta orçamentária de 2019, Luís Roberto Barroso afirmou ser “um equívoco” dizer que o Supremo aprovou o reajuste.
“Deixa eu explicar, porque acho que isso não ficou claro para a sociedade. Todas as categorias dos servidores podem ir ao Congresso Nacional postular reajuste salarial. Os juízes só podem fazê-lo se o Supremo autorizar”, declarou o ministro do STF num evento em São Paulo.
“Portanto, o Supremo não deu aumento, o Supremo não tem competência para dar aumento, e tudo o que o Supremo fez foi prever no Orçamento a possibilidade de o Congresso vir a dar o aumento, se ele entender que deve dar”, acrescentou Barroso, conforme o relato da Folha de São Paulo.
Ah, bom.