AS NOVAS GRAVAÇÕES ENTREGUES POR PEDRO JACOBI SE CONFIRMADAS PODEM DERRUBAR A JBS NA GESTÃO DE JOESLEY
A Veja informa ter tido acesso a áudios, emails e mensagens de WhatsApp que sugerem que a JBS teria tentado comprar decisões em tribunais superiores em Brasília.
Nas conversas entre o diretor jurídico da JBS, Francisco de Assis e Silva, e uma advogada do grupo, Renata Gerusa Prado de Araújo, os dois traçam estratégias para obter decisões favoráveis.
As conversas citam processos sob a relatoria da desembargadora Maria do Carmo Cardoso, mãe de Renata, e de três Ministros do STJ: Napoleão Maia, Mauro Campbell e João Otávio Noronha.
O material foi entregue à PGR pelo empresário Pedro Jacobi, ex-marido de Renata Araújo. Os dois, registra a revista, estão “num processo litigioso de separação”.
Sendo que tudo foi confirmado na Delação Premiada de Lúcio Funaro.
AS PROVAS GEDDEL E DIGITAIS QUE LEVOU GEDDEL VIEIRA A SER PRESO
A Polícia Federal encontrou digitais de Geddel em notas dos 51 milhões de reais achados no seu esconderijo em Salvador.
O Globo listou mais provas que a Polícia Federal teria contra Geddel Vieira Lima, além das digitais no apartamento onde ficavam guardados os R$ 51 milhões:
1) Uma segunda testemunha confirmou que o imóvel fora cedido a Geddel.
2) Outra pessoa é suspeita de ajudar o ex-ministro de Lula e Temer na acomodação das malas de dinheiro.
3) A PF teria identificado risco de fuga.
Geddel, que estava em prisão domiciliar e sem tornozeleira, foi preso hoje. Porém a origem da bolada ainda não foi esclarecida.
VIAGENS DE NUZMAN SÃO INVESTIGADAS PELOS PROCURADORES
O Estadão relata que procuradores estão investigando viagens à África do Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Nuzman. Sendo que essas viagens, em 2009, foram intensificadas nos três meses que antecederam o pagamento de propinas, segundo a investigação a dirigentes do Comitê Olímpico Internacional, para garantir a realização da Olimpíada no Rio em 2016.
Documentos Diplomáticos mostram que Nuzman e seus assessores estiveram na Tunísia, no Egito, na República da Guiné, no Quênia, em Uganda, em Gana e na Nigéria.
Escreve o Estadão: “Para os magistrados, o empresário brasileiro Arthur Soares e o filho de Lamine Diack, presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo (…), foram utilizados como intermediários por Nuzman e pelo governador do Rio, Sérgio Cabral, na estratégia de ‘convencimento’ dos dirigentes africanos.”
PEDIDO DE ABERTURA DE NOVO INQUÉRITO PELA PGR CONTRA TEMER DEPENDE DO STF
O Ministro e Relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin encaminhou a Cármen Lúcia, Ministra e Presidente do STF, um pedido de abertura de inquérito contra o Futuro Ex-Presidente Michel Temer por corrupção e lavagem de dinheiro. Sendo que o caso é do decreto no setor de portos que beneficiou a empresa santista Rodrimar.
Rodrigo Janot, atual PGR, que pedira a abertura do inquérito, havia solicitado também que fosse sorteado um novo relator no Supremo, menos Fachin, já que o caso não tem a ver com a Lava Jato. Sendo que ainda virá uma terceira denúncia contra o Futuro Ex-Presidente Michel Temer.
OS DELATORES DA JBS ENVOLVIDOS NA GRAVAÇÃO TENTAM EXPLICAR GRAVAÇÃO, E PODEM SER PRESOS EM POUCOS DIAS
Somando Francisco de Assis, Joesley Batista e Saud, foram mais de dez horas de depoimentos dos delatores da JBS à PGR, em Brasília. Segundo informa O Antagonista.
No depoimento, segundo o Jornal Nacional, Joesley Batista disse também que o áudio da gravação dele com Ricardo Saud retrata uma "conversa de bêbados". Joesley Batista disse também não ter nenhuma informação comprometedora sobre os ministros do STF citados na conversa entre ele e Ricardo Saud, relata a Folha de São Paulo.
Contudo as explicações não foram convincentes e Joesley Batista, e demais executivos da JBS podem vir a serem presos até segunda, por descumprimento de termos do acordo firmado com a PGR. Segundo informa O Antagonista.
Rodrigo Janot deve pedir ainda hoje a prisão de Marcelo Miller, ex-procurador que atuou na intermediação do acordo de colaboração premiada da JBS.
Segundo O Globo, Miller incorreu em obstrução de justiça, exploração de prestígio e organização criminosa. Sendo que Janot também pode pedir a prisão dos delatores Joesley Batista, Ricardo Saud e Francisco de Assis.
OS DOLEIROS E OS DIAMANTES DE CABRAL
Os doleiros Marcelo e Renato Chebar, delatores do esquema de Sérgio Cabral, prometeram repatriar cerca de R$ 7,8 milhões em diamantes e ouro guardados no exterior. Sendo a devolução, acertada no início do ano, que só foi possível “após a assinatura de um acordo de cooperação jurídica entre o Ministério Público Federal e autoridades suíças”, escreve O Globo.
Segundo os doleiros, os diamantes são de Cabral e foram comprados para lavar o dinheiro oriundo do esquema de corrupção. Sendo que a defesa do Ex-Governador nega tudo. Segundo informa O Antagonista.
JUCÁ E GERDAU TEM 15 DIAS PARA APRESENTAREM AS DEFESAS
O Ministro e Relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin deu 15 dias para Romero Jucá e Jorge Gerdau se defenderem no inquérito que investiga mudanças feitas pelo senador em Medida Provisória para beneficiar o grupo do empresário. Fachin também decidiu retirar o sigilo do inquérito.
Confira AQUI o despacho do ministro do STF.
AS REVELAÇÕES DAS DELAÇÕES DE LÚCIO FUNARO
Como O Antagonista revelou dias atrás, Lúcio Funaro acusou o advogado Antônio Cláudio Mariz de vazar para Michel Temer informações sobre sua delação premiada. Na delação, obtida com Exclusividade por O Antagonista, Funaro conta que, no final de junho de 2016, estava em tratativas de delação com o advogado Figueiredo Basto. Mas, sem querer, enviou email com a proposta de honorários para Mariz.
Logo após o envio do arquivo por email, Geddel Vieira Lima entrou em contato para questioná-lo sobre a delação. “Geddel afirmou que a notícia havia chegado no Palácio do Planalto.”
Funaro então concluiu que Mariz passou imediatamente a informação a Temer, que acionou Geddel. O corretor diz que ligou para o advogado xingando-o de “vagabundo” por ter quebrado sigilo profissional.
Segundo o corretor, a informação só poderia ter chegado a Temer diretamente por Mariz ou via José Yunes, que é casado com uma prima do advogado.
Em sua delação, obtida por O Antagonista, Lúcio Funaro confirma ainda que Michel Temer “está envolvido em repasses do FI-FGTS”. “Embora nunca tenha tratado de dinheiro com Temer, sabia que ele estava a par de todas as operações.”
Ele cita, por exemplo, a campanha de Gabriel Chalita para a Prefeitura de São Paulo, em 2012, quando arrecadou valores junto ao empresário Henrique Constantino, fundador da Gol.
Ao tratar dos repasses, Eduardo Cunha lhe disse que precisava “ligar para o Michel ligar para o Henrique Constantino, para o Henrique liberar um adiantamento aí para a campanha do Chalita”.
E Michel ligou na hora, na frente de Funaro.
“Houve ainda uma entrega de 500 mil, a pedido de Cunha, para a campanha de Paulo Skaf, em um escritório da Avenida 9 de Julho, para Duda Mendonça, para atender o presidente Temer.”
O operador contou também que “todos os valores gerados de propina da operação da LLX junto ao FI-FGTS foram, de acordo com Cunha, totalmente revertidos em favor da campanha de 2014 do PMDB”.
Em sua delação, obtida por O Antagonista, Lúcio Funaro confirmou o pacto com Joesley Batista para que o empresário usasse o saldo da propina do corretor para ajudar sua família enquanto estivesse preso. Funaro revelou ainda que forjou contratos com Joesley para justificar o repasse do dinheiro. O mesmo foi feito com Natalino Bertin, que foi chamado pelo empresário para “alinhar contratos e discursos”.
Os contratos foram feitos com data retroativa e os originais destruídos para “evitar perícia”.
Joesley também pediu a Funaro que se antecipasse numa delação, em relação a Eduardo Cunha. Segundo Funaro, o dono da JBS tinha medo de eventuais delações de Funaro e Cunha.
Em sua delação premiada, a que O Antagonista teve acesso, Lúcio Funaro envolveu Joesley Batista, Wesley e José Carlos Grubisich no esquema da Caixa para injetar quase R$ 1 bilhão na Eldorado Celulose.
Presidente da Eldorado, Grubisich também dirigiu a Braskem e a Odebrecht Agroindustrial. Até hoje, foi poupado pelos irmãos Batista e Joesley praticamente assumiu sozinho os crimes do grupo J&F, procurando blindar Wesley.
Funaro contou que um funcionário da JBS chamado “Denilton”, já citado no acordo dos Batista, foi responsável por operar o pagamento da propina no exterior.
Segundo o corretor, quando a JBS virou alvo de operações, Joesley proibiu Denilton de frequentar as dependências da empresa e enviou o sujeito para fora.
Em seu lugar, o dono da JBS nomeou Antônio Barreto. Funaro também disse que o doleiro da JBS se chama Raul e fica no Uruguai.
Lúcio Funaro disse em sua delação, obtida por O Antagonista, que Michel Temer tinha como operadores José Yunes, Wagner Rossi e Marcelo Azeredo.
Lúcio Funaro disse em sua delação premiada, obtida por O Antagonista, que recebeu uma ligação de Geddel Vieira Lima, para que pegasse no escritório de José Yunes a quantia de R$ 1 milhão.
O dinheiro era parte da doação de R$ 10 milhões negociada por Michel Temer e Eliseu Padilha com a Odebrecht, para a eleição de 2014.
Do total, R$ 4 milhões foram entregues a Yunes e, desse valor, R$ 1 milhão foram repassados a Geddel. Funaro foi instruído a recolher a quantia e enviá-la a Salvador. “O dinheiro é de Michel”, disse o peemedebista – preso hoje de manhã.
O operador contou à PGR que ligou para Yunes e combinou a retirada, tendo sido recebido pelo próprio advogado, ex-assessor especial de Temer.
Depois de breve conversa, a secretária e o motorista de Yunes lhe entregaram uma caixa contendo o dinheiro. O milhão foi entregue na sede do PMDB baiano, por meio de um esquema logístico do doleiro Tony.
A versão de Funaro contradiz a do ex-assessor de Temer, segundo o qual foi Funaro quem “deixou” o dinheiro em seu escritório.
Em sua delação premiada, obtida por O Antagonista, Lúcio Funaro diz ter documentos que comprovariam o pagamento de propina, a pedido de Eduardo Cunha, aos seguintes políticos:
Michel Temer (1,5 milhão), Eduardo Cunha (5,6 milhões), Henrique Eduardo Alves (4,95 milhões), Sandro Mabel (2 milhões), Gabriel Chalita, Antônio Andrade (9,8 milhões), Manoel Júnior (150 mil), Cândido Vaccarezza (700 mil), Soraya Santos (1 milhão), Alexandre Santos (1 milhão) e Marcelo Castro do Piau (1 milhão).
A PRISÃO DE GEDDEL VIEIRA "O HOMEM DOS R$ 51 MILHÕES" E DE SEU OPERADOR
PF, pediu a prisão preventiva de Geddel Vieira Lima, acabando com a mamata da prisão domiciliar (sem tornozeleira). Sendo que o MPF apenas concordou com o pedido, que foi assinado pelo Juiz Federal de Brasília, Vallisney de Souza.
A Polícia Federal esteve no prédio de Geddel Vieira Lima, com sete policiais em duas viaturas que chegaram ao local por volta das 5 horas, informa o G1. Então, Geddel Vieira Lima foi preso. Sendo levado pela viatura da Polícia Federal, diz a TV Bahia.
A Polícia Federal também realizou buscas na casa da mãe de Geddel Vieira Lima, por suspeitar que ele use o local como segundo esconderijo dos documentos que podem incrimina-lo.
Sendo que o assessor de Geddel Vieira Lima, Gustavo Ferraz, também foi preso.
Mas segundo informa a Jornalista, Camila Bomfim, da TV Globo, está Operação realizada hoje, trata da quarta fase da Cui Bono, que investiga o rouba na Caixa.
Sendo que as digitais de Gustavo Ferraz, preso hoje pela PF, também foram encontradas no dinheiro de propina de Geddel Vieira Lima.
O MPF detalha na representação, obtida em primeira mão por O Antagonista, que exames papiloscópicos apontaram a existência de "fragmentos de impressões digitais" de Geddel Vieira Lima e Gustavo Ferraz "na superfície de sacos plásticos com notas em dinheiro apreendidas".
Sendo que o Juiz Federal Vallisney de Oliveira destacou em seu despacho a proximidade do apartamento da propina com a residência de Geddel Vieira Lima.
O MPF, na representação obtida com exclusividade por O Antagonista, explica que o imóvel dos R$ 51 milhões fica a cerca de 1 km da casa onde o ex-ministro cumpria prisão domiciliar.
O Antagonista também obteve em primeira mão a representação do MPF sobre o pedido de prisão preventiva de Geddel Vieira Lima.
No documento, os procuradores ressaltam a desconfiança da Polícia Federal sobre o uso ilícito do imóvel, que “ainda se encontra vinculado ao próprio empreendimento”, Ou seja, não foi comercializado, como as demais unidades.
Na representação obtida em primeira mão por O Antagonista, o MPF informa que o advogado Gustavo Ferraz, preso hoje pela PF, é uma espécie de operador de Geddel Vieira Lima.
Diz ainda que Gustavo teria se encontrado com contato com Altair, o operador de Eduardo Cunha, num hotel em São Paulo, para recolher propina.
“Gustavo aparece como sendo pessoa que representa e representava Geddel junto a Eduardo Cunha e a Altair”, diz o MPF. Em conversas entre Cunha e Geddel, eles mencionam seus “representantes”.
Sendo que na representação obtida por O Antagonista, o MPF diz que outras investigações demonstraram a participação de Geddel Vieira Lima em “diversos outros esquemas criminosos semelhantes”.
“Noutras palavras, Geddel Vieira Lima adequar-se-ia à figura do ‘serial criminal’, ou criminoso em série, ou seja, criminoso habitual que faz de uma dada espécie de crime sua própria carreira profissional.” Confira aqui a íntegra da petição do MPF.
RODRIGO JANOT, ATUAL PGR, DENUNCIA O PMDB DO SENADO POR ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
Como esperado, Rodrigo Janot apresentou há pouco ao STF denúncia de organização criminosa contra o PMDB do Senado. Foram denunciados os senadores Edison Lobão, Jader Barbalho, Renan Calheiros, Romero Jucá e Valdir Raupp, além do ex-senador e ex-presidente José Sarney.
Também foi denunciado o ex-senador pelo PSDB e ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Segundo informa O Antagonista.
IRMÃOS BATISTAS E DEMAIS DELATORES PODEM PERDER SEUS VISTOS
O Antagonista soube que as autoridades americanas incluíram os irmãos Batista e demais delatores da JBS numa "hot list". Sendo que eles podem ter seus vistos revogados em caso de perda da imunidade penal.
Rodrigo Janot pede a prisão de Joesley Batista, e também de Ricardo Saud e Marcelo Miller.
Edson Fachin precisa analisar o pedido, mas é praticamente certo que vai autorizar as prisões. Segundo Informa com Exclusividade O Antagonista.
Notícia Última Hora
Rodrigo Janot pede a prisão de Joesley Batista, e também de Ricardo Saud e Marcelo Miller.
Edson Fachin precisa analisar o pedido, mas é praticamente certo que vai autorizar as prisões. Segundo Informa com Exclusividade O Antagonista.
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