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domingo, 13 de agosto de 2023

FAKE NEWS PARA DESTRUIR REPUTAÇÃO? - ENTENDA MELHOR!

A TENTATIVA DE DISTORCER FATOS PARA DESTRUIR REPUTAÇÃO
Por Leandro Coutinho 


O que se observa atualmente nesse Mundo complexo, principalmente quando se fala em querer destruir a imagem de alguém é considerado um motivo para que grupos identidários espalhem qualquer notícia para tentar calar ou levantar mentiras, usando a distorção de fatos.
É um fato corriqueiro e certeiro de quem acha que pode inventar ou distorcer o que foi dito para desmoralizar as pessoas. Mas a prática desse ato nefasto vem de anos seguidos, contudo somente com o crescimento atual das Redes Sociais é que se tornou rapido essa prática. No entanto, essa prática quando desmentida gera um certo constrangimento a quem publicou a informação, notícia ou matéria com fatos não verdadeiras ou simplesmente distorcidas do que realmente foi dito ou escrito.
O que faz lembrar de varios exemplos importantes como o mais atual que foi a divulgação de uma notícia distorcida da verdade sobre uma entrevista que Romeu Zema disse em entrevista ao Jornal O Estadão sobre a criação do Consórcio Sul-Sudeste, fazendo assim com que O Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, ficasse descredibilizado nas Redes Sociais, onde o mesmo foi muito criticado por ter tido esta ideia e foi tachado de preconceituoso pelo motivo de acharem que o mesmo criticou o Consórcio do Nordeste. 
A verdade é que a maioria que criticou nem leu a entrevista, só viu a manchete do Jornal escrita com um título chamativo e falso para ganhar notoriedade e cliques. Porém como tudo não dura muito tempo o Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, desmentiu o que foi dito e meios de comunicação independentes repercutiram a verdade em grande escala fazendo com que o Jornal O Estadão tivesse que publicar uma retratação e mudasse até o título da matéria para colocar a verdade. 
Existe hoje várias manobras para derrubar a imagem de uma pessoa, e quem faz isso publica para um público certo que só lê a publicação do dito Influenciador, nas Redes Sociais e sem pesquisarem vão divulgando e comentando sem entenderem realmente o que esta acontecendo. Poderia citar vários influenciadores que fazem isso com frequência mas não se dá cartaz para quem age dessa forma.
Outro exemplo é a distorção que muitas pessoas têm pela Operação Lava-Jato, que ajudou a repatriar e recuperar mais de R$ 6 Bilhões de reais durante o tempo que a Operação da Polícia Federal durou, ajudando a recuperar recursos importantes para o cofre do Governo Federal e da Petrobras. E prendendo muitos ex-políticos, empresários, entre várias outras pessoas acusados com provas documentadas e delações premiadas feitas com acompanhamento do Ministério Público. Mas tudo acabou virando um fato considerado armação e mentira por pessoas que acreditaram nas mensagens dos Hackers que dizem ter roubado as mensagens da Operação Lava-Jato de comunicação de Agentes do Ministério Público e dos Juízes. O maior problema é que as mensagens não foram periciadas e nem divulgadas na íntegra devido ao Supremo Tribunal Federal determinar sigilo e usar as mensagens como prova para desmoralizar a Operação que foi premiada várias vezes pela atuação que teve. E o Jornalista que publicou parcialmente em seu site as mensagens roubadas para tentar ganhar notoriedade contando fatos incompletos e muitas vezes distorcidos sobre o que realmente aconteceu, fazendo com que muitas pessoas acreditassem em sua versão que tentou distorcer a verdade, e de Jornalistas que acreditaram em fatos incompletos e distorcidos como se fossem verdades absolutas. 
Então Caro Leitor, veja que tem muitas pessoas que não sabem analisar nem pesquisar o que é dito ou escrito, acreditando em quem coloca fatos sem comprovação, distorcidos ou ilegais, comentando sobre fatos que em quase 100% das vezes são falsos. 
O que leva esse Blog, em grande crescimento constante, a publicar somente verdades sobre o que acontece nesse Mundo Complicado e Perfeitinho, e o Leitor desse Blog sempre receberá a notícia, fato ou comentário verdadeiros sobre cada fato que acontece nesse País e no Mundo.
Agora para não prolongar e mostrar a verdade você Leitor ficará com uma sequência de vídeos para explicando alguns fatos que foram citados.
Fique agora com o comentário do Jornalista e Apresentador do Papo Antagonista, Felipe Moura Brasil explica a verdade sobre a fala de Romeu Zema.

Agora fique com o comentário de Raphael Lima do Canal Ideias Radicais que explica a mentira para distorcer o que Romeu Zema disse em sua entrevista e também explica no vídeo seguinte o motivo do medo aparente que o Governo atual tem de Zema.



Fique agora com o comentário do Deputado Federal Kim Kataguiri sobre o fim da Operação Lava-Jato.


Para finalizar o assunto deixo uma dica de leitura para quem quer saber sobre como é feito a tentativa de destruição de reputações e como poder reverter isso tudo. Então, indico o livro CANCELANDO O CANCELAMENTO escrito por Madeleine Lacsko, vendido pela Amazon.


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Caro Leitor, que hoje comece um dia de realizações para cada um dos Leitores desse Blog, na paz do Senhor, guiados por Nossa Senhora e Iluminados pelo Espírito Santo.
"QUE A FORÇA ESTEJA COM VOCÊ!"

ESTE BLOG DESEJA A TODOS TIPOS DE PAIS EXISTENTES UM FELIZ DIA DOS PAIS, CHEIO DE AMOR E SURPRESAS BOAS. 

sexta-feira, 19 de maio de 2023

A CENSURA DO HUMOR, COMO É POSSÍVEL?

O Humor é a arte de fazer rir, e proibir piadas de qualquer natureza é um absurdo total. Mas foi aprovado a Lei Antipiadas, ou melhor dizendo, Lei Antihumor, pelo Congresso Federal  e sancionada pelo atual Presidente Lula, que serve para calar os Humorista e deixar o humor impossível de ser praticado.
Sendo que existe Shows de Humor para fazer as pessoas rirem e paga quem quer assistir o espetáculo. Porém, existe vários tipos de humor, do simples ao ácido. Depende de você escolher o tipo de Humor que lhe agrada e ir assistir. 
Contudo, censuraram de vez o Humorista Léo Lins, proibindo o mesmo de publicar o que pensa, suas piadas, shows e tendo que remover tudo do seu Canal do YouTube. Mas não para nisso, ainda não pode se ausentar do Estado de São Paulo por mais de 10 dias e tem que apresentar todo mês um relatório a Polícia Federal explicando o que fez durante o mês, além de ter proibido o direito de fazer piadas com as ditas "Minorias".
Contudo, a Lei deve ser explicada, e quem explica é o Raphael Lima, do Canal Ideias Radicais, que é Libertário e faz parte do Partido Novo, o único partido que orientou a votar contra a Lei, e que votou contra esse absurdo, junto com poucos políticos de outros partidos como Kim Kataguiri do União.


Finalmente, para entender o processo que Léo Lins levou, nada melhor que o próprio Humorista para explicar os reais motivos que foi processado.


"QUE CADA LEITOR DESSE BLOG, TENHA UM DIA ILUMINADO POR RISADAS E REALIZAÇÕES, GUIADO POR NOSSA SENHORA E ILUMINADO PELO ESPÍRITO SANTO, COM A BENÇÃO DE DEUS!".

segunda-feira, 10 de abril de 2023

OS 1OO DIAS DO GOVERNO FEDERAL!

Os 100 dias mostra que o Governo Federal não parou de funcionar da mesma forma de antes. Mostrando que apesar do País viver um momento de mudanças, o atual Presidente da República, Lula, não muda e sempre volta ao retrocesso nas suas falas. 
A economia não cresce devido ao Governo Federal não ter feito nada de efetivo até o momento, e a culpa recai sobre o Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, segundo o atual Presidente Lula. Então, não deveria existir Ministro da Fazenda, já que Haddad criou o famoso Arcabouço Fiscal que é criticado pelo Mercado Financeiro, pelos Políticos de todos partidos e pelo próprio PT. 
Tentar passar esse Projeto pelo Congresso Federal é difícil já que somente hoje foram instaladas as comissões para analisar Medidas Provisórias, e o Governo não possui uma base grande. Esse problema faz com que o discurso dos 100 dias seja vazio, sem mostrar realmente feitos que deveria ser mostrado.
O que realizou este Governo até agora? Na teoria muita coisa foi projetada, mas na prática somente revogação de Leis que foram criadas pelo Governo Federal anterior, algumas com razão mas outras para voltar ao retrocesso. Esperar que um Governo trabalhe em 100 dias fazendo algo é importante, mas querer que o atual Ministro da Educação Camilo Santana, ex-governador do Ceará, parou o projeto que estava em andamento sobre mudança do Ensino Médio, que foi aprovado pelo Congresso Federal e aprovado por Bolsonaro, sendo uma das poucas coisas boas de seu Governo, sendo que o projeto foi criado na gestão de Michel Temer, Ex-Presidente da República.
Contudo, o Governo Federal que queria revogar o Novo Ensino Médio e continuar com o atual arcaico, teve que voltar atrás por pressão do Congresso Federal e da Mídia. 
O maior erro desse Governo atualmente é viver lembrando o passado e só pensando em como se vingar de quem não gosta. 
Porém, lembre-se que o maior Projeto desse Governo que se vangloriou em ter diminuído teoricamente o desmatamento, o que na prática só fez aumentar, é o Controle das Mídias mas para isso terá que enfrentar o Congresso Federal, as Mídias Jornalísticas Diversas (jornais, revistas, televisão, Internet em geral, Podcasts), as Redes Sociais e seus usuários, e a população. O que fará com que esse Projeto não tramite tão rápido como se pensa. 
Mas ficar tentando jogar a culpa nos outros é uma temática sem nexo de um Governo que não trabalha como deveria por criar muitos Ministérios e ao mesmo tempo não saber escolher Ministros que trabalhem mesmo, e que entendam do que fazem.
Agora alguns vídeos vão explicar melhor esse Governo.
No vídeo abaixo você verá um compacto preparado pela grandiosa equipe de O Antagonista que mostra o atual Presidente colocando a culpa do seu desgoverno nos Ex-Presidentes. E também desfazendo do trabalho da Polícia Federal.


Nesse outro vídeo você verá o Deputado Kim Kataguiri em entrevista ao Podcast Flow falando sobre o Arcabouço Fiscal criado pela equipe econômica comandada por Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, que é o responsável por controlar a Economia do País no Governo Federal.


Agora caro Leitor, o que esperar desse Governo, que consegue ser sua própria oposição. E de projetos que não vão passar pelo Congresso Federal devido ao Governo só pensar em atacar e desfazer tudo que foi feito por outros Governos mesmo que a proposta esteja beneficiando o país todo. Como é o caso do Saneamento Básico que o Governo revogou parte da Lei fazendo retroceder o que deveria ser um avanço para toda população, e tudo porque o projeto foi criado e aprovado na Gestão do Ex-Presidente Jair Bolsonaro, então as únicas Medidas Provisórias que vão andar são as de cunho social como o Minha Casa Minha Vida e O Bolsa Família.
Enquanto o desemprego, os juros sobem, a inflação aumenta e o Governo Federal e nem a maioria dos Políticos corta suas despesas desnecessárias, quem paga a conta é a população que os colocou lá para trabalharem pelo bem do País. Mas eles realmente trabalham na maioria das vezes pelo bem do próprio bolso. 
Então a solução é fiscalizar o que é feito e procurar cobrar e reivindicar os Direitos Constitucionais que temos.
Faça sua parte. Ajude quem precisa, se tem condições. E mostre que você pode fazer melhor do que qualquer Governo e Políticos. 
Agora Leitor desse Blog, tenha um bom começo de semana com Paz, Amor, Harmonia e Muito Trabalho.


sexta-feira, 3 de junho de 2022

O BRASIL ESTÁ QUEBRADO? COMO ISSO AFETA O SEU BOLSO! - Por Nilce Moreto e Luiz Persechini

O Financeiro é o mais novo canal de finanças no youtube, ensinando tudo que se deve saber para entender sobre economia e também saber como fazer para economizar suas suadas finanças. Sendo apresentado pela Jornalista Nilce Moreto e pelo Economista Luiz Persechini, que explican detalhadamente a situação econômica em que o Brasil se encontra. Confiram e assistam para se manterem atualizados!


quarta-feira, 30 de setembro de 2020

ANALISE POLITICA DOS FATOS: Os R$ 2,7 milhões de Flávio Bolsonaro dariam 10.000 ‘Rendas Cidadãs’ com Diogo e Claudio - Por Felipe Moura

O comentário independente do jornalista Felipe Moura Brasil, comentando sobre a polêmica real entre o Governo Federal e o Congresso. Mostrando as reais decisões do entre o Governo atual e o Congresso. Sempre mostrando a verdade dos fatos e o que realmente está acontecendo. Agora em seu novo programa Papo Antagonista. Confira mais em O Antagonista.

quarta-feira, 11 de março de 2020

ANÁLISE DOS FATOS: LAVA JATO COMPLETA SEIS ANOS COMO OPERAÇÃO RECORDE MUNDIAL DE COMBATE A CORRUPÇÃO

Lava Jato completa seis anos com 500 pessoas denunciadas e números recordes em 2019

Dentre os recordes estão o número de manifestações judiciais, cooperações internacionais e acordos de leniência












força-tarefa da operação Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) chega a seis anos em 17 de março com números globais recordes, que refletem a magnitude da maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro já realizada no Brasil.
Neste período foram 70 fases, 1.343 buscas e apreensões, 130 prisões preventivas, 163 prisões temporárias, 118 denúncias, 500 pessoas acusadas, 52 sentenças e 253 condenações (165 nomes únicos) a 2.286 anos e 7 meses de pena. Além disso, foram propostas um total de 38 ações civis públicas, sendo o recorde delas em 2019 (12), incluindo ações de improbidade administrativa contra 3 partidos (PSB, MDB e PP).
Mais de R$ 4 bilhões já foram devolvidos por meio de 185 acordos de colaboração e 14 acordos de leniência, nos quais se ajustou a devolução de cerca de R$ 14,3 bilhões.
Do valor recuperado, R$ 3.023.990.764,92 foram destinados à Petrobras, R$ 416.523.412,77 aos cofres da União e R$ 59 milhões para a 11ª Vara da Seção Judiciária de Goiás – decorrente da operação que envolveu a Valec. Também já reverteram em favor da sociedade R$ 570 milhões utilizados para subsidiar a redução dos pedágios no Paraná.
O trabalho da força-tarefa se desdobrou também em ações fiscais que tiveram resultados significativos.
“No que diz respeito à participação da Receita Federal na operação, podem-se destacar análises fiscais e relatórios que subsidiaram as investigações. Além disso, o setor de fiscalização, até o momento, efetuou lançamentos tributários da ordem de R$ 22,465 bilhões, tendo fiscalizado cerca de 3.400 contribuintes entre pessoas físicas e jurídicas”, declara chefe do Escritório de Pesquisa e Investigação da 9ª Região Fiscal da Receita Federal Edson Shinya Suzuki.
Volume de trabalho crescente – Ao longo de sua existência, o volume do trabalho da força-tarefa cresceu significativamente. O número de manifestações judiciais, ou seja, atos praticados dentro de processos perante a Justiça Federal, como petição e parecer, quase dobrou de 2018 para 2019: de 4.461 para 8.252.
Só em 2019, foram registrados 68.730 atos na força-tarefa em Curitiba, incluindo manifestações, movimentações, autuações de documentos extrajudiciais e judiciais, pedidos de cooperação internacional e instauração de procedimentos extrajudiciais, autos judiciais e inquéritos, um crescimento de mais de 1.200% do volume anual de trabalho desde 2014, ano do início do caso.
O ano de 2019 também foi aquele em que houve a instauração de 864 novos autos judiciais, o maior número desde o início da operação. O dado se refere, por exemplo, a novos inquéritos, pedidos de quebras de sigilo ou busca e apreensão, ações penais, pedidos de bloqueio e exceções de incompetência.
A quantidade anual de autos extrajudiciais instaurados em 2019 foi a segunda maior na Lava Jato. Foram 377 novos autos, que incluem, ilustrativamente, procedimentos de investigação criminal, inquéritos civis e procedimentos de acompanhamento da celebração de acordos.
4ª Região - O trabalho da força-tarefa de procuradores regionais que atuam perante o Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4) também aumentou. O número de feitos que passaram pela procuradoria regional saltou de 155 em 2018 para 252 em 2019, ano recorde também no tocante a esse tipo de movimentação.
“Os dados demonstram que a operação está em pleno andamento, sendo que a atuação da força-tarefa junto ao TRF4 teve aumento expressivo no último ano de 2019, com desdobramentos das fases iniciais e novos focos de corrupção descobertos nesses anos”, afirma a coordenadora da força-tarefa da Procuradoria Regional da República da 4ª Região (PRR4) Maria Emília Corrêa da Costa Dick.
Incremento de medidas investigativas – O último ano da força-tarefa se destacou também pelo incremento de uma série de medidas investigativas, algumas delas responsáveis por diferenciar o trabalho da Lava Jato. Essas medidas repercutiram, em parte, nos resultados alcançados no ano anterior e seus resultados seguirão se desdobrando nos próximos meses.
O ano de 2019 foi aquele em que ocorreu a coleta de um maior número de depoimentos pelos procuradores, num total de 206, o que é uma técnica tradicional de apuração de crimes – o número não inclui aqueles colhidos pela Polícia Federal.
Dentre os acordos, que têm função principal de expandir as investigações, destacou-se a celebração em 2019 de 4 acordos de leniência, número que empatou com aquele dos pactos de 2016, superando os demais anos da operação.
Entre 2014 e 2019, a Câmara de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal (5CCR/MPF) homologou 31 acordos de leniência, sendo 14 celebrados pela força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. Segundo a coordenadora da 5CCR Maria Iraneide Olinda Santoro Facchini: “Os acordos de leniência firmados pelo MPF já permitiram a recuperação, entre multa e ressarcimento de dano, de mais de R$ 22 bilhões, sendo que os valores decorrentes dos acordos celebrados pela operação no Paraná superam os R$ 14 bilhões”.
Outra ferramenta de investigação central da Lava Jato foram os pedidos de cooperação internacional, tema em que o ano de 2019 também bateu recorde. Foram 189 os pedidos remetidos ou recebidos pelos procuradores da força-tarefa.
Dezenas de “terabyte” de informações foram obtidas para fins de investigação. Dentre os dados, destacam-se os bancários, os telefônicos, os telemáticos e aqueles encaminhados pelo Coaf.
No ano de 2019 apenas, foram apresentadas 247 pedidos medidas cautelares, boa parte com o propósito de obter autorização judicial para acesso a dados sigiloso de investigados, número inferior apenas ao do ano de 2015. Houve 21 casos de quebra de sigilo telefônico de diversos terminais.
A Lava Jato foi responsável, ao longo dos seis anos, por inserir mais de R$ 3,8 trilhões no Sistema de Movimentação Bancária (Simba) – sistema criado pelo MPF em 2007 que padroniza as informações fornecidas por instituições financeiras e agiliza a análise desses dados, muitos oriundos de quebras de sigilo bancário e disponíveis para serem compartilhados com outros órgãos – quase 20% do total da história de todo o MPF.
Tais dados se somaram àqueles recebidos do Coaf, que enviou para a Lava Jato 693 Relatórios de Informação Financeira. Todas essas informações foram usadas por analistas do MPF para produzir 1.356 relatórios de análise e investigação apenas na força-tarefa em Curitiba.
“Após cinco anos de existência, a força-tarefa da operação Lava Jato no Paraná  continua a apresentar números recordes em termos de medidas de investigação e resultados. Em 2019 houve o maior número de cooperações internacionais, de depoimentos colhidos por procuradores, de manifestações judiciais, de ações civis públicas, de recursos para cortes superiores e de acordos de leniência. Isso já resultou ainda em 2019 no maior número de denúncias e na maior recuperação de valores nos seis anos da operação, e o trabalho continua”, afirmou o procurador Júlio Noronha, um dos coordenadores dos trabalhos da força-tarefa em Curitiba.
Ramificação das investigações dentro do país – As colaborações premiadas, acordos de leniência, os dados coletados e a evolução das investigações permitiram que outros crimes fossem descobertos, desdobrando-se em mais duas operações em Curitiba: Piloto e Integração.
A operação Piloto foi deflagrada em setembro de 2018 a partir do conteúdo de depoimentos de colaboradores ligados ao grupo Odebrecht, que revelaram esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina visando o favorecimento do consórcio liderado pela Odebrecht na licitação de concessão da PR-323. Esses pagamentos teriam sido operacionalizados pelo Setor de Operações Estruturadas da empresa em favor do codinome "Piloto", identificado como sendo o ex-governador Carlos Alberto Richa, vinculado ao PSDB. Esse caso já tem uma sentença condenatória proferida pela 13ª Vara Federal de Curitiba.
A operação Integração foi resultado de duas fases deflagradas em 2018 para investigar o pagamento sistemático de propinas por parte de concessionárias de pedágio do Paraná desde 1999. Ela já recuperou efetivamente R$ 570 milhões que vêm sendo usados para subsidiar a redução dos pedágios no Paraná administrados por duas concessionárias, sendo R$ 220 milhões da Ecorodovias e R$ 350 milhões da Rodonorte.
Os acordos com tais concessionárias, que ultrapassaram o montante de R$ 1 bilhão, previram também o pagamento de multas e a construção de obras rodoviárias.
A evolução das investigações e o compartilhamento de dados também permitiu a criação de forças-tarefas no Rio de Janeiro (2016) e em São Paulo (2017). Todas apuram crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em órgãos públicos. Houve ainda uma série de operações em todo o país que foram frutos de desdobramentos do caso Lava Jato.
Além disso, desde 2015, foi criado um grupo de trabalho da operação na Procuradoria-geral da República (PGR), em Brasília, para atuar no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em casos que envolvem políticos com foro privilegiado.
“O avanço das investigações resultou em um grande número de desmembramentos por todo o país. Os dados processados pela Superintendente Regional da Polícia Federal do Paraná (SR/PF/PR), alimentam não só as investigações em Curitiba, mas também as que estão correndo em outras unidades policiais, especialmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, exigindo uma capacidade investigativa elaborada e dinâmica”, declara Luciano Flores de Lima, Superintendente Regional da Polícia Federal do Paraná.
De acordo com Lima, o trabalho e metodologias desenvolvidas pela equipe da Lava Jato acabaram inspirando um projeto da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado para a implantação da Delegacia Modelo de Investigação de Crimes Financeiros junto à SR/PF/PR em 2019, que prevê treinamento de policiais no Brasil em matérias relacionadas a crimes financeiros, grande corrupção e desvio de recursos públicos.
Ramificação das investigações fora do país – Ao longo de mais de meia década, o trabalho desenvolvido pela Lava Jato reforçou que a corrupção é um crime que ultrapassa fronteiras. Alguns dos mecanismos de lavagem de dinheiro, por exemplo, são realizados por meio de bancos em outros países, e grande parte dos milhões de reais desviados da Petrobras foram parar em contas estrangeiras de empresas sediadas em paraísos fiscais.
Por isso a troca de informações por meio de cooperação internacional é considerada um dos pilares que ajuda a alavancar a operação. Já foram realizados e recebidos mais de 630 atos de cooperação internacional, sendo que o recorde deles, 189, foi alcançado ano passado.
Em virtude desses atos, a força-tarefa já interagiu com um terço dos países do mundo. São eles: Alemanha, Andorra, Antígua e Barbuda, Argentina, Áustria, Bahamas, Canadá, Chile, China, Colômbia, Dinamarca, Espanha, Equador, Estados Unidos, França, Guatemala, Gibraltar, Hong Kong, Ilhas Cayman, Ilhas de Guernsey, Ilha de Jersey, Ilhas de Man, Israel, Itália, Liechtenstein, Luxemburgo, Macau, México, Mônaco, Noruega, Países Baixos, Panamá, Peru, Portugal, Reino Unido, República Dominicana, Rússia, Singapura, Suécia, Suíça, Uruguai e Venezuela.
Tomando em conta os pedidos de cooperação da Lava Jato e seus desdobramentos em diferentes estados e em Brasília, os seis anos consolidaram um total de 447 pedidos feitos a 61 países e 606 pedidos recebidos de 40 países, num total de 1.053 pedidos e 61 países.
 “De 2015 para 2019 aconteceu um aumento de mais de 1000% nos pedidos passivos (quando os países solicitam informações ao Brasil), o que indica um amadurecimento das investigações nos países envolvidos e demonstra a eficiência dos acordos de colaboração da Lava Jato. Os inquéritos no Peru, por exemplo, foram iniciados a partir de delações e a cooperação propulsionou a apuração”, lembra o procurador regional da República e membro da força-tarefa, Orlando Martello Júnior.
Nas trocas de informações entre países, há contatos frequentes entre as autoridades envolvidas, o que segue as melhores recomendações e práticas internacionais. Contudo, todas as ações de cooperação internacional para tramitação de provas são formalizadas nos fluxos legais e passam pela Secretaria de Cooperação Internacional da Procuradoria-geral da República (SCI/PGR) e pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional do Ministério da Justiça (DRCI/MJ).
Riscos para o combate à corrupção – Decisões recentes no cenário jurídico e político brasileiro impactam diretamente o trabalho da operação.
A lei de Abuso de Autoridade, por exemplo, começou a valer em janeiro e tende a inibir o dever de investigar, processar e julgar autores de crimes de poder. Já o STF, no ano passado, tomou três decisões que afetaram investigações e processos: a transferência dos casos de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro investigados em conexão com crimes eleitorais (caixa 2), da Justiça Federal para a Eleitoral; o fim da prisão após julgamento em segunda instância; e a possibilidade de anular casos em que corréus delatados não tiveram oportunidade de se manifestar depois dos delatores, o que levou à anulação, inclusive, de sentença condenatória de uma ação civil pública de improbidade administrativa proposta pela força-tarefa em 2015 e que previa o pagamento de indenização de mais de R$ 380 milhões.
O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa Lava Jato finaliza: “os números recordes divulgados hoje demonstram que o Ministério Público, a Polícia e a Receita Federal, assim como a Justiça Federal, vêm cumprindo seu dever na operação Lava Jato. Contudo, observam-se mudanças que tornam cada vez mais difícil combater a corrupção. Para reduzir a corrupção política brasileira, é preciso que haja um esforço conjunto do Congresso em mudar leis, do Supremo em priorizar o trabalho contra a corrupção e do cidadão em exercer seu voto de forma consciente, algo que é preciso bom enfatizar em ano de eleições”.